domingo, 11 de dezembro de 2011

MÓDULO 2

2.1 Apresentação análise crítica do filme "A Origem"



















   Título: A Origem
Autores: Christopher Jonathan James Nolan (e-mail não encontrado)
Resumo: Dom Cobb está (Leonardo DiCaprio) é um ladrão eficiente que está entre os melhores na arte da extração: roubar segredos valiosos de dentro dos confins do inconsciente durante o estado de sono, quando a mente se encontra mais vulnerável. Esta rara habilidade tornou Cobb um perito cobiçado no traiçoeiro novo ramo da espionagem corporativa, mas também o transformou em um fugitivo internacional e o levou a sacrificar tudo aquilo que amava. Agora Cobb tem uma chance de redenção. Uma última oferta de trabalho poderá lhe devolver sua vida normal, mas para isso ele deverá encontrar o que é impossível – a origem. Ao invés de executar um assalto, Cobb e sua equipe de especialistas precisam realizar o inverso; sua missão não é roubar uma idéia e sim plantar uma. Se conseguirem, este poderá ser o crime perfeito. Mas nenhum plano ou experiência poderia prepara a equipe para um perigoso inimigo que parece prever cada passo deles. Um inimigo que somente Cobb poderia esperar.


2. Referencial teórico-conceitual

As cores se comportam como informações visuais que carregam em si diferentes significados. Inicialmente, apenas reflexões dos raios solares, ao chegar ao cérebro essas informações serão identificadas e podem gerar conclusões a partir do que se vê. Tais conclusões são muito subjetivas, de modo que cada observador tem uma percepção diferente, baseado em suas experiências anteriores e nas associações que ficaram marcadas em sua memória, consciente ou inconsciente.

Segundo Goethe, “apresentando ao olho em sua grande variedade, a cor se torna, na superfície dos seres vivos, uma parte importante dos signos exteriores, através dos quais percebemos o que se passa no interior deles”.
Dessa forma, alguém com significativo conhecimento sobre as cores e sua capacidade de transmitir informações pode utilizar deste conhecimento para manipular as sensações que sua criação irá causar ao público.








3. Materiais e métodos
A intenção do trabalho é analisar como as cores podem influenciar na compreensão do filme em questão e também, as sensações causadas.
A cor, nas artes visuais, tem funções que variam e que podem ser acumuladas, tais como: destacar elementos, personagens, paisagens e momentos; recriar; associar à imagem algum sentido; diferenciar; provocar sensações sensoriais e psicológicas; construir uma composição estética; dar às imagens bidimensionais o volume.
Geralmente, quando utilizadas, as cores tem um signo já estabelecido, por associações dos elementos presentes no cotidiano do ser humano. Como por exemplo, a cor vermelha transmite sensações de dinamismo, energia, revolta, raiva, calor. Isso se explica pelo fato do vermelho estar relacionado ao fogo, ao que queima, ao calor e ao sangue.
O signo de algumas outras cores:
Alaranjado: Força, euforia, alegria e confiança;
Amarelo: Estimulante, alerta, esperança;
Vermelho: Dinamismo, energia, revolta, calor, raiva;
Verde: Bem-estar, paz, saúde, equilíbrio;
Roxo: Fantasia, mistério, egoísmo, espiritualidade;
Lilás: Estima, valor, dignidade;
Marron: Pensar, melancolia;





Partindo do raciocínio de que cada cor tem um significado, ela passa a ter uma função essencial no filme, complementando o sentido da cena, diferenciando, e causando sensações psicológicas.




4. Discussão e análise dos resultados

Durante o filme A Origem, percebe-se a maneira como a cor tem relevante importância nas cenas. Ao analisá-las notamos que as cores podem facilitar também a melhor compreensão do roteiro, já que se trata de vários patamares de sonhos, onde várias histórias acontecem ao mesmo tempo. E onde fica a cor nisso? A cor foi muito bem utilizada, pois em cada sonho as cenas são predominantemente de uma cor.

No primeiro patamar do sonho, as cenas são em tom azulado, um tom frio. Segundo Ana Karina Miranda de Freitas, “as cores frias parecem nos transmitir as sensações de frias, leves, distantes, transparentes, úmidas, aéreas e calmantes”.  Neste nível, como ainda é o início do sonho, as informações ainda são muito claras, ainda não há grande complexidade.




No segundo patamar do sonho, que acontece no hotel, concentram-se os momentos de tensão, as cenas são mais alaranjadas e todos os envolvidos nos sonhos usam roupas escuras e sérias.






No 3º e último nível que os personagens conseguem alcançar durante a trama, tudo é puxado para branco, todos estão de branco e as construções são todas em concretos, ou seja, cinza claro. Talvez o fato do branco, a cor que é a reflexão de todas as outras, represente a junção de todos os sonhos e também é o único em que todos os envolvidos também estão ativos.








Importante observar que a arquiteta usa vermelho na maior parte do filme, apenas quando entra profundamente na história, nos patamares mais profundos, ela passa a usar roupas sérias. O vermelho é a forma de ressaltar a personagem, chamar atenção ao seu papel na trama. Segundo Ana Karina Miranda de Freitas, “as cores quentes são estimulantes e produzem as sensações de calor, proximidade, opacidade, secura e densidade”.




5. Considerações finais
Após a análise pode-se concluir que as cores, quando bem utilizadas, aprimoram qualquer arte. No caso do filme, a história se tornou muito mais clara e objetiva por ter utilizado esse recurso que passa a ser um sensorial a mais disponível para quem está assistindo. Caso não fosse importante, o cinema não teria avançado como avançou nas últimas décadas. Foi quando o cinema já não era mais mudo que o recurso das cores chegou às telas melhorou muito em qualidade visual.




Através da análise e das palavras de Goethe é possível entender que a utilização das cores pode ir muito além do audiovisual explorado no cinema. Quando bem exploradas, podem alcançar os mesmo efeitos causados no filme, tais quais: mudar ambientes, causar sensações, emoções, dividir, destacar e formar composições esteticamente agradáveis. Todas as mesmas propriedades, na vida real.



6. Referências

GOETHE, Theory of Colours, trans. Charles Lock EastlakeCambridgeMassachusetts: The M.I.T. Press, 1982.

Nöth, W.(1985/1995). Handbook of SemioticsBloomington e IndianapolisIndiana University Press.Traduação de: Handbuch der Semiotik.

FREITAS, Ana Karina Miranda de. – Psicodinâmica das cores em comunicação, 2007. Disponível em http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Cor/psicodinamica_das_cores_em_comunicacao.pdf. Acesso em 17 de dezembro de 2011.

(bibliografia especificada de acordo com as normas da ABNT)

No caso:

GUIMARAES,  Luciano - Capítulo Amarelo: Tesouros do Arco-da-velha e Capítulo Vermelho:    Violência e Paixão. In: A Cor como Informação. A Construção Biofísica, Linguística e Cultural da Simbologia das Cores. São Paulo: Annablume Ed., 2004.

No caso de citação da internet, exemplo:
ESTEVES, Maurício - A Fotografia de Cartier-Bresson, 2011. Disponível em < http:www.fotografiabrasileira.com.br >. Acesso em 23 de março de 2011.

Obs.: todo a citação deverá estar em itálico, entre parênteses e com a indicação do nome do autor. Exemplo: Segundo Antunes, a fotografia é "o discurso de alguém". ANTUNES, 2009, p.





2.2 Cartaz para exposição maquete suporte
2.3 Exposição
2.4 Fichamento do texto
2.5 Exposição "Athos Criativos"





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